Catujal Festa da Primavera 2 Sede e Extensão-Norte 18-04-2011 Registo fotográfico das apresentações realizadas pelas crianças das salas de actividades da Sede e respectivo programa. (Ver +) Programa da Festa da Primavera
Creche
Sala Verde - "A primavera chegou" (Canção)
Educação Pré-Escolar
Sala Vermelha - "Uma árvore é um amigo" (Canção/Dança)
Sala Azul - "A árvore da montanha"; "Oh que linda a Primavera" (Canções)
CATL - "As Partes da Árvore" (teatro)
AS PARTES DA ÁRVORE
NARRADOR: Ricardo, preocupado com as lições que aprendeu na escola, deitou-se à sombra de um castanheiro e adormeceu. No seu sonho aconteceram coisas interessantes. Havia até uma árvore que falava. Vamos conhecer o sonho do Ricardo? Então, vamos ficar quietinhos para não o acordar.
ÁRVORE (para o MENINO): Por que é que estás tão pensativo?
MENINO (leva um susto): Quem está aí? (levanta-se)
ÁRVORE: – Sou eu.
MENINO (olhando para todos os lados, assustado): Eu, quem?
ÁRVORE: – Sou eu, o castanheiro. Estou a fazer sombra para que tu penses melhor sobre as lições de casa.
MENINO: – Como é que tu sabes que eu trouxe trabalho da escola?
ÁRVORE: – Ora, todos os meninos que estudam trazem deveres para casa...
MENINO (pensativo): É... Eu estou muito preocupado...
ÁRVORE: – Preocupado? Com quê?
MENINO: – Com o assunto que a professora explicou hoje na escola.
ÁRVORE: – Sobre o quê? Talvez eu possa ajudar...
MENINO: – Tu?! (pára e pensa): Pensando bem, até és a mais indicada para isso.
ÁRVORE: – Eu? Porquê?
MENINO: – Porque é exactamente sobre a árvore.
ÁRVORE: – Ah, sim... então tens razão. O que queres saber sobre a árvore?
MENINO: – Tudo! (baixa-se e, enquanto fala, ergue-se aos poucos – mímica do nascimento da árvore) - Como nasce... Como cresce... E como fica bonita, assim como tu.
ÁRVORE: – Está bem. Vou-te contar a minha história. Certo dia, o teu pai cavou a terra e colocou lá uma sementinha de castanheiro...
MENINO: – E deixou-a assim?
ÁRVORE: – Não! Deixa, que eu explico; assim tu poderás plantar uma árvore, também. O teu pai cobriu a sementinha com terra, para me proteger. Aí, eu comecei a germinar... uns dias depois.
MENINO: – Mas ninguém cuidou de ti?
ÁRVORE: – Sim. Todos os dias o teu pai vinha regar-me e observar o meu desenvolvimento.
MENINO: – Mas para que é que tu precisas de água?
ÁRVORE: – Como tu precisas de água para beber e de te alimentares, eu também preciso.
MENINO: – O que é que tu comes?
ÁRVORE: – A minha comida é bastante diferente da tua... Alimento-me de água e sais minerais. Bem, vou apresentar-te as partes que compõem o meu corpo. Assim poderás entender melhor.
MENINO: – Quem vem primeiro?
RAIZ: – Sou eu, a raiz.
MENINO: – O que tu fazes?
RAIZ: - Eu retiro da terra certos alimentos que dão força à árvore e a fazem crescer. Água e sais minerais! (baixa a cabeça).
MENINO: – E tu? O que fazes?
CAULE (levanta a cabeça): - Eu sou o caule. Eu levo o alimento para as outras partes da planta. Também seguro os ramos com as suas folhas, flores e frutos. (baixa a cabeça)
MENINO (apontando):: - E tu ?
FOLHA: – Eu sou a folha. É por mim que a planta respira.
MENINO (sorrindo): - Então, tu és o nariz da árvore?
FOLHA: – Mais ou menos isso.
FLOR: – E eu sou a flor.
MENINO: – Ah, já sei! Tu enfeitas o vaso da minha casa...
FLOR: – Sim, eu enfeito o vaso da tua casa. Mas a minha maior função é a de criar frutinhos que tu vais saborear e que darão novas árvores.
FRUTO: – Eu sou o fruto e muito gostoso. É de mim que o teu pai fará nascer outro castanheiro. É a semente de que a árvore te contou.
RAIZ, CAULE, FOLHA, FLOR e FRUTO (em coro): - Agora que já sabes as cinco partes da planta, poderás estudar a tua lição sem nenhuma preocupação.
ÁRVORE: – Como é, gostaste de me conhecer?
MENINO: – Muito! Nunca pensei que tivesses isso tudo.
ÁRVORE: – Como tu agora já aprendeste, deves contar aos teus amiguinhos que a árvore tem vida e que sentimos muito quando vocês nos maltratam, cortando os nossos frutos ainda verdes, arrancando as nossas folhas ... ou partindo os nossos ramos por maldade.
(O MENINO encosta-se sob a ÁRVORE e volta a adormecer).
Narrador: Depois de algum tempo, a ÁRVORE deixa cair uma folha sobre o MENINO
e este, assustado, desperta.
MENINO: – Não, não fui eu quem te arrancou esta folhinha, dona Árvore! Mas... por que será que a árvore não respondeu? - Será que eu sonhei? Mas que sonho agradável! Agora vou poder estudar melhor.
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